Leio sempre os ensinamentos do Zohar e me
deparei com um “Não julgue para não ser julgado. Não foque no que há de errado
nos outros. Veja o que eles têm de bom” .Tive que lembrar que costumo ser
radical em algumas situações e/ou posições e vejo que é um lado meu que precisa
ser trabalhado melhor. Há muito anos atrás, quando um namorado meu sugeriu que
casássemos, sempre desconversava com a esperança que um dia ele desistisse da
idéia, pelo menos por um período. Desde os 18 anos não morava mais com minha
família e com 20 e poucos, quando isto aconteceu, já estava bem acostumada a
não ter que dar satisfação para alguém, e o pior de tudo, amando isto. Um
casamento para mim, que só pretendia ter filho depois dos 30(como aconteceu),
parecia desnecessário. Tínhamos nossos espaços e a liberdade de estar lá ou cá
quando queríamos. Mas para ele, por alguma razão, não era o mesmo. Um dia ele
me colocou na parede e sugeriu que procurasse um psicólogo para resolver este
problema, que, segundo ele era com “relacionamentos”. Assumi um pouco a “mea
culpa” e escolhi uma psicóloga que ensinava na Universidade e morava no meu
prédio. Antes da primeira sessão, desci no mesmo elevador com a criatura e sua namorada,
as duas quebrando o barraco na frente de tudo mundo. Bom é aí que volto ao meu
ponto: como uma psicóloga que não consegue nem resolver os problemas dela, ou
ao menos se controlar na frente dos outros, vai ajudar a resolver os meus?
Resultado: sem terapia e sem casamento. Radical, né? Já deixei aula de ioga
quando o professor disse que comia carne vermelha; não freqüento mais aquela
loja de produtos naturais que usa sacos plásticos; olho com uma certa raiva os
católicos que participam da fila de comunhão jurando que estão livre de pecados( apesar de não acreditar em pecado, e
sim no bem e mal); não admito que alguém que teve o privilégio de uma boa
educação, seja tapado; um endocrinologista gordo... Se for listar agora tudo e
todos que ignoro com um certo preconceito,demoraria anos. Mas o meu dilema
agora é: será que perdi alguma coisa pensando assim ? Achar que não, por acaso,
é radical
Nenhum comentário:
Postar um comentário