terça-feira, 25 de setembro de 2012

Drama do Dia - Radical

Leio sempre os ensinamentos do Zohar e me deparei com um “Não julgue para não ser julgado. Não foque no que há de errado nos outros. Veja o que eles têm de bom” .Tive que lembrar que costumo ser radical em algumas situações e/ou posições e vejo que é um lado meu que precisa ser trabalhado melhor. Há muito anos atrás, quando um namorado meu sugeriu que casássemos, sempre desconversava com a esperança que um dia ele desistisse da idéia, pelo menos por um período. Desde os 18 anos não morava mais com minha família e com 20 e poucos, quando isto aconteceu, já estava bem acostumada a não ter que dar satisfação para alguém, e o pior de tudo, amando isto. Um casamento para mim, que só pretendia ter filho depois dos 30(como aconteceu), parecia desnecessário. Tínhamos nossos espaços e a liberdade de estar lá ou cá quando queríamos. Mas para ele, por alguma razão, não era o mesmo. Um dia ele me colocou na parede e sugeriu que procurasse um psicólogo para resolver este problema, que, segundo ele era com “relacionamentos”. Assumi um pouco a “mea culpa” e escolhi uma psicóloga que ensinava na Universidade e morava no meu prédio. Antes da primeira sessão, desci no mesmo elevador com a criatura e sua namorada, as duas quebrando o barraco na frente de tudo mundo. Bom é aí que volto ao meu ponto: como uma psicóloga que não consegue nem resolver os problemas dela, ou ao menos se controlar na frente dos outros, vai ajudar a resolver os meus? Resultado: sem terapia e sem casamento. Radical, né? Já deixei aula de ioga quando o professor disse que comia carne vermelha; não freqüento mais aquela loja de produtos naturais que usa sacos plásticos; olho com uma certa raiva os católicos que participam da fila de comunhão jurando que estão livre de  pecados( apesar de não acreditar em pecado, e sim no bem e mal); não admito que alguém que teve o privilégio de uma boa educação, seja tapado; um endocrinologista gordo... Se for listar agora tudo e todos que ignoro com um certo preconceito,demoraria anos. Mas o meu dilema agora é: será que perdi alguma coisa pensando assim ? Achar que não, por acaso, é radical

Nenhum comentário:

Postar um comentário