segunda-feira, 25 de abril de 2011

O cavalo do principe


Em tempos de príncipes  e princesas, lembrei de uma história real, aconteceu com a amiga de uma amiga minha-  Sofia: bonita, atraente, inteligente, uma quarentona que vive de bem com seus dramas.
Sofia estava solteira há um ano, quando digo solteira, leia sem sexo, beijos  ou qualquer aproximação mais íntima com os homens. Mesmo assim, não tinha pressa, enquanto muitas ainda esperavam um príncipe encantado(doce ilusão), Sofia esperava um lobo atraente, bem resolvido emocionalmente  e com um gosto por coisas charmosas.Uma espécie quase extinta pelas bandas de cá, mas ela tinha certeza:existia.
Sofia nunca levava em consideração as cantadas, olhadas e tudo mais que partiam de menores de 40 anos. Para ela, cérebro é zona erógena e por mais que gostasse de sexo(e gosta muito, segundo minha amiga), agora tinha que ser acompanhado de uma boa conversa,um jantar maravilhoso,  um lugar encantador. “O que esperar desses garotos?Não preciso ”, argumentava.  Minha amiga, amiga de Sofia, já tinha me falado sobre o seu bom relacionamento com o vibrador- “ Sofia  podia ficar sem transar, mas sem gozar NUNCA”, disse.
Nem todas somos iguais.Minha  amiga, amiga de Sofia, adorava meninos novos. Também quarentona, malhava dia e noite, para quando fosse possível,transar noite e dia, algo só acessível(sem artifícios químicos) com rapazes de faixa etária restrita.
Um belo dia, Sofia conheceu um garoto que fora escalado para fazer um trabalho em conjunto. Segundo minha amiga, o sonho de consumo de qualquer mulher, de qualquer idade.Este cismou com Sofia, não a deixava em paz-telefonemas, cantadas, visitas inusitadas em lugares que nem ela sabia que estaria.Com todas as loucuras acontecendo por aí, só não soou como uma perseguição esquizofrênica , porque ele tinha uma virtude muito incomum: “a leveza de ser”. De alguma maneira divertia Sofia, e o bom humor nos  homens era algo que ela considerava muito.
Para evitar maiores problemas, Sofia não tinha falado nada para suas  amigas, mas bastou uma delas ter presenciado o aparecimento  do garoto num bar onde estavam ela e Sofia, que todas ficaram sabendo da novidade em um minuto.Não deu outra: “O que custa tentar?”, diziam e repetiam.
Não que era Maria vai com as outras,mas numa daquelas noites de lua cheia,sabe daquelas ... imaginou loucuras que poderia viver com aquele rapaz. “Estaria fazendo um DRAMA à toa, quando poderia viver algumas horas de uma aventura erótica”, refletiu.
Chegada as estatísticas,  estudou todas as possibilidades de não se passar por ridícula. As pesquisas  mostravam  que não estaria fazendo nada anormal, já que o a IBGE registrou no ano passado,que 23%dos casamentos entre solteiros do país unem mulheres com homens mais novos, isso sem falar nas uniões não oficializadas. Repetiu:”DRAMA à toa mesmo, se essas mulheres agüentam esses garotos todos os dias, uma noite só...”
Depois de muitos nãos, Sofia programou  uma noite que poderia se livrar dos seus estudos de doutorado(sim ela estava fazendo um doutorado), e ligou para o escolhido. Sua voz não era a mesma e o garoto, por instinto, sentiu no ato. Porém tinha um “porém”: na noite programada , o garoto iria fazer um trabalho especial, que estava agendado há um ano, mas, se não se importasse, poderia encontrá-la mais tarde, após o trabalho. Foi aí que Sofia caiu na besteira de perguntar que tipo de evento tão importante era esse, afinal, depois de encher tanto seu saco... “Vou ser o príncipe em uma festa de 15 anos”. Em choque, sentiu como se acabasse de ser pisoteada por seu grande cavalo branco. Isso só seria perdoável(e olhe lá) se fosse um galã da Globo.
Depois  de cair na REAL, retornou a vida ignorando ainda mais qualquer tentativa de aproximação com esses garotos, e feliz com sua escolha, afinal é bem mais fácil agüentar um lobo em cima da gente que o cavalo do príncipe, não é mesmo?

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